terça-feira, 16 de agosto de 2011

MÃOS, O ENCONTRO







minhas mãos,
mendigas e vadias
abrem-se vazias...

trêmulas e agônicas,
tateiam o nada
à procura das tuas...

afinal,
encontram-se
e apertam-se
com a “gentileza”
dos afogados,
e me puxam,
e me despem...

eu, desnudo,
te acudo
e te satisfaço
nesse encontro
de mãos,
coloridas de amor;
abusadas,
molhadas
e instigantes...



(Tadeu Paulo -- 2011-8-16)

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